31 de janeiro de 2009

Razão, estação ou vida inteira (?)

Pessoas entram na sua vida por uma razão, uma estação ou uma vida inteira.
Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por esta pessoa.
Quando alguém está em sua vida por uma razão é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auziliar numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudar fisica, emocional ou espiritualmente.
Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus... e são! Elas estão lá pela razão que voce precisa que elas estejam. Então, sem nenhuma atitude errada da sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim.
As vezes, essas pessoas morrem. As vezes, elas simplesmente se vão. As vezes, elas agem e te forçam a tomar um posição, seja ela qual for.
O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho deleas, feito. As suas orações foram atendidas e agora, é tempo de ir.
Quando pessoas entram em nossas vidas por uma estação, é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender
Elas trazem para você a experiência da paz; fazem você rir. Elas poderão ensinar algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer.
Acredite.. é real! Mas somente por uma estação.
Relacionamentos de uma vida inteira te ensinam lições para uma vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida.
Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida.
É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente.



A tarde se afasta, e o céu está cinza e a noite aparece sem você. Quieta na praia te chamo em silêncio outra vez. Me afogo nessa pena, não posso viver... As onde me falam de você. Sentada na areia escrevo o seu nome outra vez porque é estranho desde aquele novembro quando sonhamos juntos. Me dói esse novembro frio quando as folhas caem a morer sempre. Novembro sem você é sentir que a chuva me disse chorando que tudu acabou. Novembro sem você é pedir a lua que brilhe na noite do meu coração outra vez.
Queria dizer que quero voltar teu nome escrito na minha pele... e já é madrugada. Porque é estranho aquele novembro quando sonhos juntos e queremos sempre. Me dói este novembro frio quando as folhas caem a morrer pra sempre. E hoje voltei a chorar porque sem você, não aprendo a viver.

11 de janeiro de 2009

Simples assim

Durante muito tempo acreditei que o que me fazia amar um homem era a inteligência. Ficava enfeitiçada com citações e teses. Mas não era. De nada adianta um perito em física nuclear, se ele não rir das pequenas besteiras que faz, se não souber aproveitar um sábado quente simplesmente não fazendo nada (e curtindo o ócio), se virar um psicopata quando alguém o fecha no trânsito. Então saquei: bom humor era o que mais me atraía.
Sempre achei delicioso estar com alguém que não vê o mundo como uma grande e monstruosa boca cheia de dentes prestes a mastigá-lo, que vive sem arrastar correntes, faz de tudo uma possível piada. Só que nem tudo é uma piada e, em certas horas, tudo o que quero é alguém que me escute e diga algo que me conforte a alma. E, nesses momentos, o pior que pode acontecer é ser levada na piada - existe uma grande diferença entre alegria de viver e recusa a sair da infância. Pois é, não era bom humor o que me fazia amar alguém: era, antes, sensibilidade.
Telefonemas de bom-dia, atenção a informações aparentemente banais mas que dizem muito a meu respeito, não ficar azedo por causa das minhas pequenas (ou grandes) oscilações de humor - tudo o que eu podia querer. Quase tudo. Tenho personalidade forte e só sobrevive ao meu lado um homem que grite comigo quando eu passar dos limites do bom senso, demonstre desagrado quando eu exigir demais e oferecer de menos. Preciso ser cuidada, mas tenho que sentir que quem está comigo é um homem de verdade e não um principezinho criado pela avó. Quero ser domada, tomada. Mais uma vez minha certeza caiu por terra: nem inteligência, bom humor ou sensibilidade eram o que me fazia amar alguém. Era - isso, sim - virilidade.
Mal abrir a porta da sala e ser consumida por beijos. Ter a roupa arrancada no caminho da cozinha, ser jogada na mesa de jantar sem tempo pra pensar no que está acontecendo, só sentir e saber o tesão incontido daquele homem por mim. Ser desejada com urgência e paixão é um dos maiores elogios que uma mulher pode receber, mas só ser desejada de nada adianta, pelo menos não depois da décima trepada monumental: quando acaba o suadouro, o que resta? Se pouco importa o saldo, o que interessa mesmo é a movimentação, então estamos feitos. Mas, se existe a possibilidade de ser esmagada pelo vazio de sentido após o orgasmo, de nada vale. Pelo menos se não vier acompanhada de carinho. Taí: pensei, então, que carinho era a pedra fundamental pra despertar meu amor.
Mas logo descobri que não era. Carinho é um sentimento abrangente demais: nos invade desde a visão de um cachorro abandonado até a palavra confortadora para alguém que pouco nos importa mas a quem também não queremos mal. Não bastava, era muito pouco. Daí constatei que o essencial para que eu amasse alguém era notar no outro a vontade de ficar, o desejo de estar comigo. Constatei coisas demais e fiquei paralisada diante do ideal que havia criado: absurdo e fictício.
Hoje sei que toda enumeração é uma estupidez e qualquer tipo de formulário emocional, uma passagem sem escalas pra frustração. Claro que gosto de homens cultos, atenciosos, interessantes, divertidos e viris - seria mentira negar. Mas a verdade é que, para que eu ame alguém, basta que eu ame alguém. Porque, quando se precisa justificar o amor, é porque ele não existe. Simples assim né? :)